Pichação na Gávea pede saída de Jayme, e técnico comenta pressão



O muro da sede da Gávea foi pichado na madrugada desta sexta-feira, em sinal de protesto pela eliminação do Flamengo na Taça Libertadores na última quarta-feira, com uma derrota para o León, no Maracanã. As palavras escritas por vândalos focaram em Jayme de Almeida, pedindo a saída do treinador ("Fora Jayme") e também nos preços dos ingressos para os jogos do time ("Ingresso caro, time barato").
Questionado sobre o momento de pressão, Jayme mostrou conhecer bem o eterno caldeirão da Gávea.
- No Flamengo, tudo é igual. Se for disputar porrinha, vai ter pressão. Tem que jogar para ganhar o tempo inteiro. Qualquer coisa que for jogar entra a cobrança em cima do resultado. Isso obriga a ser forte o tempo inteiro. Para jogar aqui, é assim. Bons jogadores, famosos, passaram por aqui e não conseguiram jogar. Tem que ser intenso, à vera, sempre - disse o treinador rubro-negro. 
Logo após à traumática eliminação, Wallim Vasconcellos garantiu a permanência de Jayme de Almeida no comando do Flamengo. Ainda no Maracanã na noite de quarta-feira, o dirigente disse que não vê motivos para mudanças drásticas. O técnico rubro-negro, porém, já não é unanimidade no clube. Ainda assim, tem um voto de confiança a seu favor, assim como a dificuldade de o Flamengo projetar altos gastos com treinadores renomados. 
Outras manifestações
No ano passado, os muros rubro-negros foram pichados em duas oportunidades. Primeiro em junho, em razão do início ruim da equipe no Campeonato Brasileiro (na ocasião estava na zona de rebaixamento), pedindo a saída do técnico Jorginho e cobrando mais atitude dos jogadores, além de ataques ao presidente Eduardo Bandeira de Mello e do diretor executivo do futebol, Paulo Pelaipe. Jorginho não resistiu à derrota por 1 a 0 para o Náutico e acabou demitido.
Pouco tempo depois, novo ato de vandalismo, desta vez contra a realização dos jogos em Brasília (pois o Flamengo ainda negociava seu contrato para utilizar o Maracanã) e também em protesto pela conturbada saída de Renato Abreu.

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